MARAVILHAS TRIBUTÁRIAS
A capital dos Países Baixos, Amsterdã [1], fundada em 1200, as margens do Rio Amstel, se diferencia das demais capitais europeias pela sua arquitetura magnífica caracterizada por seus canais concêntricos com mais de 100 quilômetros e por suas 90 ilhas adornadas com mais de 1500 pontes.
Alguns dos vários pontos pitorescos da cidade que se destacam da paisagem urbana, além dos diques e moinhos, são as casas excepcionalmente estreitas que podem ser vistas por toda a extensão dos seus canais. Essas casas, costumam ser muito altas para compensar a pouca extensão de sua fachada.
Muitos se perguntam, qual a razão desta arquitetura?
Pois bem, no século XVII, período de grande efervescência econômica da então potência naval, os impostos prediais destas casas eram calculados levando-se em conta a metragem da fachada das casas e não a área construída. Eis a razão da forma de “paliteiro” destas construções.
Lá como cá, a pratica do planejamento tributário ou também conhecido tecnicamente como ELISÃO FISCAL é perfeitamente LEGAL. Se o tributo fosse cobrado pela área construída gastar-se-ia muito mais. Assim por que não aproveitar o benefício fiscal?
Além do benefício adquirido, tais construções entraram para a geografia de Amsterdã como um dos seus magníficos cartões postais.
Este resultado arquitetônico é mais um dos inúmeros efeitos das políticas fiscais dos povos verificadas ao longo da história.